Kyiv sofreu primeiro ataque áereo desde setembro passado
A capital ucraniana, Kiev, sofreu esta madrugada o seu primeiro ataque aéreo desde o passado mês de setembro, que resultou no abate de vários projeteis e num alerta geral à população para se dirigir aos abrigos para sua proteção.
© REUTERS/Valentyn Ogirenko
Mundo Ucrânia/Rússia
O presidente da câmara, Vitali Klitschko, confirmou, na sua conta do Telegram, "fortes explosões", depois de os sistemas de defesa aérea ucranianos terem sido ativados. Apesar de terem sido feitas várias chamadas de alerta às autoridades, estas não têm registo de vítimas.
As Forças Armadas ucranianas também relataram ataques a Kyiv e outras regiões do país, incluindo Odessa, Dnipropetrovsk, Kharkiv, Poltava, Sumi e Kirovohrad.
O exercito atribuiu à Rússia uma bateria de ações com mísseis e também com drones, estimando que mais de 30 veículos aéreos não tripulados tenham sido abatidos.
Também o Ministério da Defesa russo informou sobre o abate de vários drones no espaço aéreo russo, especificamente na província de Smolensk, localizada na fronteira com a Ucrânia, e outro na região de Moscovo.
O governador de Smolensk, Vasili Anojin, descartou que o incidente tenha provocado vítimas.
Jornalistas da France-Presse disseram ter visto duas colunas de fumo branco no céu, provavelmente deixadas por dois mísseis de defesa antiaérea ucraniana, pouco antes de duas explosões terem sido ouvidas.
No inverno passado, ataques sistemáticos ao sistema energético da Ucrânia deixaram, regularmente, milhares de casas sem aquecimento.
Entretanto, a Força Aérea ucraniana, avançou ter abatido cerca de dois terços dos 31 drones de ataque lançados durante a noite.
"Dezanove drones de ataque Shahed 136/131 foram destruídos. Os ocupantes russos enviaram a maior parte dos drones de ataque para as áreas da linha da frente", disse a Força Aérea, acrescentando que a Rússia também usou vários mísseis.
Na terça-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o seu país tinha implantado novos sistemas de defesa aérea fornecidos pelos seus aliados ocidentais, em antecipação a uma nova onda de ataques russos às infraestruturas energéticas.
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