Biden acusado por funcionários de "desinformar" sobre Israel
Um documento interno do Departamento de Estado, assinado por uma centena de funcionários, acusa o presidente Joe Biden de "desinformar" sobre os "crimes de guerra" cometidos por Israel na Faixa de Gaza.
© Getty Images
Mundo Israel/Palestina
No texto, a que o portal Axios teve acesso, critica-se Biden por "difundir desinformação no seu discurso de 10 de outubro", que constitui a base da posição oficial dos EUA quanto a este conflito.
"Recomendamos de forma contundente que se defenda a libertação dos reféns tanto do Hamas como de Israel", em referência aos "milhares" de palestinianos detidos nas prisões israelitas "sem acusação".
O texto começa por denunciar as "atrocidades" cometidas pelo Hamas, em 07 de outubro, após o que questiona a resposta militar israelita na Faixa de Gaza e as suas consequências humanitárias.
A este propósito, critica como "crimes de guerra" ou "crimes contra a humanidade" os cortes de eletricidade, a limitação da entrada da ajuda humanitária e os ataques que provocaram centenas de milhares de deslocados.
"Duplicamos a nossa ajuda militar incondicional, sem que tenham sido traçadas linhas vermelhas claras", avançou-se no texto, onde se acusam membros da Casa Branca de "mostrar um claro desprezo pelas vidas dos palestinianos e completa falta de vontade de reduzir a tensão", além de uma "imprudente falta de visão estratégica", inclusive antes de 07 de outubro.
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