"Quarenta pacientes morreram no hospital de Shifa em 14 de novembro", declarou.
O hospital preparou "uma vala comum dentro do complexo para enterrar 180 corpos de pacientes que não podem ser retirados devido aos intensos combates", declarou hoje o Escritório de Coordenação de Ajuda Humanitária das Nações Unidas no seu relatório diário sobre o impacto da guerra nos civis.
As informações transmitidas à ONU não indicam a causa direta da morte dos pacientes.
Este centro médico, o mais importante da Faixa de Gaza, ficou sem eletricidade, água potável e alimentos há vários dias e está a abrigar cerca de 9.000 pessoas, incluindo deslocados, pessoal médico e pacientes, entre os quais mais de 30 bebés prematuros.
O exército de Israel garantiu que está a realizar uma "operação precisa e seletiva contra o Hamas" neste hospital, mas as autoridades palestinianas temem pela vida dos civis no local e condenam a operação realizada pelos militares israelitas.
Israel afirma ter levado incubadoras, comida para bebés e suprimentos médicos para o hospital, bem como equipamento médico e soldados que falam árabe para facilitar a distribuição de suprimentos.
De acordo com informações recebidas pela ONU, todos os hospitais da Cidade de Gaza (norte) e do norte de Gaza, onde se localizava a parte mais densa da infraestrutura sanitária deste enclave, não estão a funcionar, com exceção do hospital Al-Ahli.
Leia Também: AO MINUTO: "Hospitais não são campos de batalha"; Evacuação em curso?