"Desejamos aos nossos feridos uma recuperação rápida e segura", afirmou o ministério em comunicado, onde se pode ler, em anexo, uma lista com os nomes de 155 crianças que serão transferidas na sexta-feira para os EAU.
As crianças deverão comparecer na fronteira de Rafah com um acompanhante, segundo o Ministério, que não especificou a idade dos pacientes, o tipo de lesões que sofrem e de que centros médicos serão transferidos através do Egito, de onde voarão para os Emirados.
Esta iniciativa ocorre depois de o Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed, ter anunciado, na segunda-feira da semana passada, que iria construir um hospital de campanha dentro da Faixa de Gaza, uma medida dedicada a aliviar a carga sobre os poucos centros médicos que continuam a operar no enclave.
Segundo a agência oficial de notícias dos Emirados, WAM, o hospital terá capacidade para 150 camas e contará com departamentos de cirurgia geral, ortopedia, pediatria e ginecologia, bem como unidades de anestesia e cuidados intensivos.
Nesse hospital haverá ainda clínicas de medicina interna, psiquiatria e medicina familiar, bem como laboratório e farmácia.
Nas últimas semanas, hospitais na Península do Sinai, no Egito, receberam palestinianos feridos, cuja transferência a partir de Gaza foi coordenada em paralelo com a retirada de cidadãos estrangeiros e de habitantes de Gaza com dupla nacionalidade.
A informação sobre a transferência de crianças feridas para os Emirados coincide com uma "operação seletiva" do Exército israelita no hospital al-Shifa, que há vários dias está sem eletricidade, água potável e alimentos, o que afeta as cerca de 3.000 pessoas que abriga, incluindo deslocados, pessoal médico e pacientes.
Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque deste grupo islamita que incluiu o lançamento de milhares de foguetes e a infiltração no território israelita de cerca de 3.000 milicianos que massacraram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel atacaram diariamente a Faixa de Gaza, provocando mais de 11.300 mortes, 29.200 feridos e 3.600 desaparecidos sob os escombros.
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