O lançamento, que desafia os avisos de Seul a Pyongyang, será uma nova tentativa de lançar um satélite militar como as que falharam em maio e agosto, segundo a Kyodo.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu ao Governo para se preparar para tal lançamento, indicou a Kyodo.
Hoje, o Exército da Coreia do Sul disse à Coreia do Norte para suspender "imediatamente" os preparativos do lançamento do satélite de espionagem, advertindo Pyongyang de que, caso contrário, tomará "as medidas necessárias".
No início de novembro, os serviços secretos de Seul declararam que Pyongyang estava nas últimas fases dos preparativos para a sua terceira tentativa.
O ministro da Defesa sul-coreano, Shin Won-sik, afirmou no domingo que a descolagem poderia realizar-se já esta semana.
"Aconselhamos vivamente a Coreia do Norte (...) a suspender imediatamente os preparativos em curso para o lançamento de um satélite de espionagem militar", declarou hoje Kang Hopil, diretor das operações do Estado-Maior das Forças Armadas sul-coreano.
"Se a Coreia do Norte proceder ao lançamento de um satélite de reconhecimento militar apesar da nossa advertência, o nosso Exército tomará as medidas necessárias para garantir a vida e a segurança da população", acrescentou.
Após uma segunda tentativa falhada em agosto, Pyongyang anunciou que iria efetuar um terceiro lançamento em outubro, mas tal não aconteceu.
De acordo com Seul, Pyongyang está a fornecer armas a Moscovo em troca de tecnologia espacial russa para colocar em órbita um satélite de espionagem militar.
Os analistas acreditam que existe uma equiparação tecnológica significativa na Coreia do Norte entre as capacidades de lançamento espacial e o desenvolvimento de mísseis balísticos, proibido a Pyongyang por várias sanções da ONU.
A Coreia do Norte procedeu este ano a um número recorde de testes de armamento, ignorando os avisos dos Estados Unidos, Coreia do Sul e seus aliados.
Na semana passada, Pyongyang declarou ter efetuado com êxito em terra testes de um "novo tipo" de motor a combustível sólido para os seus mísseis balísticos de alcance intermédio (IRBM) proibidos, que descreveu como um passo fundamental no "contexto grave e instável em matéria de segurança".
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