"Orgulho". Zelensky assinala os 10 anos das manifestações da Praça Maidan

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinalou hoje o décimo ano da 'Revolução da Praça Maidan' com uma mensagem sobre o que considerou "primeira contraofensiva" dos ucranianos contra a Rússia.

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© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
21/11/2023 08:42 ‧ 21/11/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Há 10 anos iniciámos uma nova página da nossa luta", escreveu Zelensky, no sistema digital de mensagens Telegram.

"Há 10 anos, os ucranianos lançaram a primeira contraofensiva à arbitrariedade, contra as tentativas de nos privarem de um futuro europeu e contra a escravatura", sublinhou o chefe de Estado. 

Zelensky acrescentou que o processo iniciado em Maidan - a praça de Kyiv onde se concentraram os protestos de 2013 - "continuaram todos os anos" no sentido de levar a Ucrânia a cumprir "o destino europeu". 

O chefe de Estado ucraniano apelou à unidade para que "se consiga a avançar no mesmo caminho" e "felicitou" os ucranianos na data conhecida como 'Dia da Dignidade e da Liberdade'.

Hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, destacaram os 10 anos de "dignidade", "orgulho" e da "luta pela liberdade" dos ucranianos.

No dia em que se assinalam os 10 anos do início das manifestações em Kyiv, as duas líderes do bloco europeu destacaram que a União Europeia "está prestes" a iniciar as conversações sobre a adesão da Ucrânia. 

"Dez anos de dignidade. 10 anos de orgulho. 10 anos de luta pela liberdade. As frias noites de novembro da 'Euromaidan' mudaram a Europa para sempre, apesar de, na altura, a Europa não se ter apercebido", afirmou Ursula von der Leyen numa mensagem gravada em vídeo e difundia através das redes sociais. 

A revolta da Praça Maidan começou com um protesto contra o incumprimento do então chefe de Estado (pró-russo) Viktor Yanukovich, que não assinou o Acordo de Associação com a União Europeia.  

Yanukovick preferiu manter-se sob a influência do chefe de Estado russo, Vladimir Putin, provocando manifestações de protesto reprimidas pela polícia.

Mais de uma centena de manifestantes morreu na sequência dos protestos. 

Em fevereiro de 2014, a pressão das manifestações acabou por forçar a fuga de Yanukovich para a Rússia. 

Moscovo respondeu com uma operação militar que anexou a Península ucraniana da Crimeia e ativando milícias separatistas nas "repúblicas independentes do leste da Ucrânia" onde começou uma guerra entre os grupos leais a Moscovo e o Exército ucraniano pelo controlo de território. 

Leia Também: Zelensky trouxe esperança no pós-Euromaidan até Rússia invadir em 2022

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