Israel vai ter de escolher entre acordo ou ataque para libertar reféns
O ministro da Defesa de Israel afirmou hoje que prevê "decisões difíceis" relativamente à possibilidade de chegar a um acordo que facilite a libertação dos 240 reféns ainda detidos pelo Hamas após os ataques de 07 de outubro.
© JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Depois de se ter reunido com oficiais superiores do exército israelita na base da Divisão de Gaza, no sul de Israel, Yoav Gallant disse que o Governo está "a avançar passo a passo para a derrota completa do Hamas", o que também os coloca "perto de trazer os reféns para casa".
"Penso que temos de tomar decisões difíceis e importantes nos próximos dias", sublinhou, antes de referir que "não houve um único momento nos 45 dias de campanha militar em que não tenha pensado nos reféns".
O Conselho de Ministros deverá reunir-se ainda hoje para debater a questão, pouco depois de o líder do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, ter afirmado que o acordo de tréguas com Israel "está próximo".
Izzat al-Rishq, alto funcionário do Hamas, também confirmou o estado avançado das negociações, acrescentando que os pormenores do acordo serão anunciados pelo Qatar e pelo Egito, que estão a liderar as conversações.
A 07 de outubro, combatentes do grupo Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo mais de mil mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
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