"Esta operação mostra o verdadeiro impacto do nosso papel como intermediário neutro entre as partes em conflito", destacou o CICV, numa declaração feita no final das libertações, no primeiro dos quatro dias de trégua acordados entre Israel e o grupo islamita Hamas.
A organização humanitária escoltou e transportou 24 reféns de Gaza para o Egito, através da passagem fronteiriça de Rafah, onde foram entregues às autoridades egípcias, enquanto os 39 palestinianos detidos em Israel deixaram a prisão de Ofer. Na maioria, foram levados para Ramallah, a capital administrativa da Autoridade Nacional Palestiniana.
Anteriormente, a centenária organização humanitária tinha indicado que as suas equipas iniciaram uma operação de "vários dias" para facilitar a libertação e transporte de reféns raptados em Gaza e de detidos palestinianos com destino à Cisjordânia.
A operação também vai permitir o envio de ajuda para Gaza, incluindo equipamentos médicos para hospitais, adiantou a organização com sede em Genebra.
O CICV reiterou que não participou nas negociações que levaram à libertação das pessoas, embora estas tenham ocorrido na mesma semana em que a presidente da organização, Mirjana Spoljaric, se reuniu no Qatar com o líder político do Hamas, Ismail Haniya.
"O nosso maior desejo é que todos os reféns sejam libertados e que os civis parem de sofrer a dor que o conflito trouxe", acrescentou o diretor regional do CICV no Médio Oriente, Fabrizio Carboni, no comunicado hoje divulgado.
Segundo o acordo alcançado entre Israel e o Hamas, mediado pelo Qatar e pelo Egito, durante os quatro dias de trégua, Israel vai receber 50 reféns israelias, que serão trocados pela libertação de 150 prisioneiros palestinianos.
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