"O evento está provavelmente ligado a intervenientes estatais", comentou a empresa Ambrey, acrescentando que o navio, que pertence a uma empresa sediada no Reino Unido com ligações a Israel, recebeu ameaças dos rebeldes.
Segundo a companhia de navegação, as forças navais norte-americanas estão a par do incidente, mas não foi revelado se estas tinham vindo em socorro do navio.
O caso ocorre após um navio de carga pertencente a um empresário israelita ter sido danificado por um suposto ataque de um drone iraniano no Oceano Índico, na sexta-feira, e uma semana depois de os Huthis terem capturado um navio de carga ligado a Israel no sul do Mar Vermelho.
Os rebeldes iemenitas ameaçaram atacar navios israelitas e navios pertencentes a aliados de Israel que navegam no Mar Vermelho, em retaliação pela guerra travada pelo exército israelita contra o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza, onde uma trégua de quatro dias entrou em vigor na sexta-feira para troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos em Israel.
A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro, que matou 1.200 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades locais.
Em retaliação, Israel bombardeou Gaza de forma contínua, causando cerca de 15 mil mortos, incluindo 6.150 crianças e jovens com menos de 18 anos, segundo dados fornecidos pelo Hamas.
No domingo passado, os Huthis anunciaram a tomada no Mar Vermelho de um cargueiro israelita, fretado por um grupo japonês e com pavilhão das Bahamas.
Os rebeldes fazem parte do que é descrito como um "eixo de resistência" contra Israel, juntamente com grupos apoiados pelo Irão, como o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.
Têm disparado drones e mísseis contra Israel, muitos dos quais foram interceptados pelas defesas israelitas ou por navios de guerra norte-americanos.
A abordagem do petroleiro ocorreu ao largo da cidade portuária iemenita de Aden. Um navio mercante que se encontrava na zona informou que o petroleiro tinha sido "abordado por oito pessoas, com uniformes militares, a bordo de dois barcos", segundo relatou a empresa Ambrey.
A companhia de navegação recordou que os Houthis tinham ameaçado atacar o petroleiro no sábado se este não se desviasse para o porto de Hodeida, e que um navio de guerra da coligação norte-americana interceptou a mensagem dos rebeldes.
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