A agência de notícias oficial síria SANA, citando o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), afirmou que durante a tarde de hoje o aeroporto de Damasco voltou a ser alvo de ataques aéreos israelitas, ficando inoperacional, horas depois de os voos terem sido retomados após um ataque semelhante no mês passado.
"A Força Aérea israelita realizou um novo ataque na tarde de hoje contra o Aeroporto Internacional de Damasco (...) colocando-o fora de ação novamente", informou o Observatório.
O ataque teve como alvo as pistas, de acordo com a mesma fonte, que também relatou sons de explosões provenientes de um aeroporto militar localizado noutro setor da capital síria.
Segundo a agência noticiosa francesa AFP, duas companhias aéreas informaram que os voos do aeroporto de Damasco foram retomados hoje, notícia que já havia sido veiculada pela imprensa local antes de as autoridades terem feito o anúncio oficial dos ataques.
Uma fonte militar relatou, num comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Sana, que, por volta das 16:50 (13 :50 GMT), "o inimigo sionista realizou um ataque aéreo com mísseis da direção dos montes Golan sírios ocupados".
O ataque teve como alvo "o Aeroporto Internacional de Damasco e alguns pontos da área de Damasco", colocando o aeroporto fora de funcionamento e causando "perdas materiais", segundo a agência.
As defesas aéreas "destruíram a maioria" dos mísseis, mas mesmo assim o aeroporto foi danificado, acrescenta-se no comunicado.
Israel realizou centenas de ataques aéreos na vizinha Síria desde o início da guerra civil no país, em 2011, visando posições do exército sírio e de grupos afiliados ao Irão, como o Hezbollah libanês.
Esses ataques multiplicaram-se desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, após um ataque sangrento daquele movimento islâmico em solo israelita, a 07 de novembro passado.
Os ataques aos aeroportos de Damasco e Aleppo (norte) em 12 e 22 de outubro colocaram ambas as infraestruturas fora de ação.
Os voos haviam sido desviados para o aeroporto de Latakia, na costa oeste, após os ataques de 22 de outubro.
Israel raramente comenta os seus ataques na Síria, mas hoje declarou que quer impedir que o Irão, seu arqui-inimigo, ganhe uma posição perto do seu território.
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