Guterres elogiou o papel desempenhado pelo Egito, Qatar e Estados Unidos na obtenção de uma trégua temporária de quatro dias, que permitiu a entrada de mais ajuda humanitária no enclave palestiniano e a libertação de mais de 50 reféns (israelitas e cidadãos estrangeiros) raptados pelo grupo armado palestiniano durante a sua ofensiva de 07 de outubro contra o território israelita, que deixou 1.200 mortos.
O ex-primeiro-ministro português sublinhou a importância de alcançar um cessar-fogo "que beneficie a população de Gaza", segundo um comunicado do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, no qual também aplaudiu o papel desempenhado pela Cruz Vermelha na atual conjuntura.
"Apelo a todas as partes para que usem a sua influência para pôr fim a este trágico conflito e apoiar medidas que conduzam ao único futuro sustentável para a região: uma solução de dois Estados com Israel e a Palestina a viver lado a lado", afirmou.
"Sete semanas de hostilidades em Gaza e em Israel causaram um número de mortos que chocou o mundo. Nos últimos quatro dias não se ouviu nenhum som de armas. Vimos a libertação de reféns e de prisioneiros palestinianos das prisões israelitas", disse Guterres, antes de sublinhar que as Nações Unidas "continuarão a apoiar" este tipo de tréguas.
Por outro lado, e apesar da entrada de mais ajuda humanitária no enclave palestiniano também ao abrigo do acordo de trégua, o secretário-geral da ONU lamentou que 1,7 milhões de deslocados continuem a apresentar "grandes necessidades" e descreveu a situação humanitária em Gaza como catastrófica.
Em resposta ao ataque do Hamas, Israel declarou guerra ao movimento islamita palestiniano e bombardeou intensivamente a Faixa de Gaza até as partes terem chegado a acordo para uma trégua de quatro dias, que começou na passada sexta-feira.
Até ao início da trégua, os ataques do exército israelita em Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, segundo o Hamas, que controla o enclave desde 2007.
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