Um adolescente de 14 anos foi morto em Tubas, norte da Cisjordânia, e um segundo, de 17 anos, abatido perto de Ramallah, onde se situa a sede da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).
Testemunhas citadas pela agência noticiosa AFP indicaram que em Tubas diversos jovens lançaram pedras em direção aos veículos militares israelitas, com os soldados a responderem com armas de fogo.
O Exército israelita disse que a incursão se destinava a "prender dois suspeitos procurados".
"Homens armados dispararam contra as forças de segurança, que ripostaram com balas reais", segundo a versão dos militares, citada pelas agências internacionais.
Perto de Ramallah, o Exército israelita entrou numa localidade para proceder a buscas, originando protestos da população local, com testemunhas locais a indicarem que o adolescente de 17 anos foi atingido por quatro balas.
Na noite de segunda para terça-feira, um outro jovem palestiniano já tinha sido morto em Beitunia, uma povoação situada entre a prisão de Ofer e Ramallah.
Desde sexta-feira, centenas de jovens concentram-se todas as noites em Beitunia para receber os prisioneiros palestinianos libertados diariamente em troca dos reféns que foram enviados para Gaza pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
Também diariamente, e na mesma zona, o Exército israelita tem disparado granadas de gás lacrimogéneo e tem utilizado armas de fogo para dispersar as concentrações, provocando dezenas de feridos.
Na noite de segunda-feira, Yassine al-Asmar, 26 anos -- com a identidade confirmada por fontes concordantes -- foi morto durante estes confrontos, seguidos geralmente por desfiles e palavras de ordem que glorificam o Hamas e a resistência palestiniana.
A violência agravou-se na Cisjordânia na sequência do ataque do Hamas de 07 de outubro em Israel que provocou 1.200 mortos, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel efetuou bombardeamentos intensivos sobre a Faixa de Gaza e de seguida desencadeou uma operação terrestre que já provocou cerca de 15.000 mortos, segundo o Governo do Hamas.
Na Cisjordânia já foram mortos mais de 230 palestinianos desde essa data por colonos e soldados israelitas, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
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