Israel sabia de planos de ataque do Hamas há um ano, diz New York Times

As autoridades de Israel sabiam dos planos de ataque do Hamas há pelo menos um ano, mas descartaram a possibilidade por serem complicados de executar, avançou na quinta-feira o jornal The New York Times.

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Lusa
01/12/2023 06:16 ‧ 01/12/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Citando "documentos, e-mails e entrevistas" a que teve acesso, o jornal norte-americano afirmou que o plano descrevia com grande precisão um ataque surpresa como o que o grupo islamita palestiniano levou a cabo a 7 de outubro, que causou 1.200 mortos em Israel e mais de 200 reféns.

O plano de 40 páginas, com o nome de código 'Muro de Jericó', previa a utilização de drones para destruir as câmaras de segurança ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, ou a entrada em massa de militantes a pé, de mota e de parapente, embora não fixasse uma data para a operação.

Os oficiais militares da região não acreditavam que fosse possível um ataque desta dimensão. Não é claro se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ou outros líderes políticos tiveram acesso aos documentos, notou o jornal.

O ataque do Hamas levou Netanyahu a declarar guerra ao Hamas e a lançar uma ofensiva na Faixa de Gaza que já custou a vida a mais de 15 mil pessoas.

Quinta-feira foi o sétimo dia de uma trégua, mediada pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que inclui a libertação de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O cessar-fogo temporário foi prolongado na quinta-feira de manhã por mais 24 horas e não se sabe se continuará hoje.

O prolongamento da trégua implicaria a libertação de mais 10 reféns israelitas por dia em troca da libertação de 30 prisioneiros palestinianos.

Entretanto, o Qatar continua a trabalhar com os parceiros regionais e internacionais no sentido de um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza.

Até ao momento, foram libertados 105 prisioneiros em Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel libertou 240 prisioneiros palestinianos, todos eles mulheres e menores.

Leia Também: Libertados 30 prisioneiros palestinianos em troca de reféns israelitas

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