Faixa de Gaza, 01 dez 2023 (Lusa) - Seis palestinianos foram mortos esta manhã num ataque aéreo israelita a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, declarou o Ministério da Saúde do movimento islamita Hamas, após o fim da trégua de uma semana.
Além disso, duas crianças foram mortas em ataques aéreos na cidade de Gaza, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Fadel Naïm, médico do hospital Ahli Arab.
Ataques aéreos de Israel atingiram o sul do enclave, incluindo a comunidade de Abassan, a leste da cidade de Khan Younis, informou ainda o Ministério do Interior do território governado pelo Hamas desde 2007.
Um outro ataque atingiu uma casa a noroeste da cidade de Gaza, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP).
Esta manhã, ouviram-se fortes e contínuas explosões na Faixa de Gaza, com fumo negro a espalhar-se pelo território, continuou a agência norte-americana.
Em Israel, as sirenes soaram em três quintas comunitárias perto da Faixa de Gaza, alertando para o lançamento de foguetes, referiu ainda a AP, apontando que este é um sinal de que também o Hamas terá retomado os ataques.
Os militares israelitas anunciaram a retoma dos combates meia hora após a trégua entre os dois lados do conflito ter expirado, às 07:00 horas (05:00 em Lisboa).
O exército israelita acusou o Hamas de ter quebrado o cessar-fogo e anunciou a retoma dos combates.
"O Hamas violou a pausa operacional e, além disso, disparou contra território israelita. As Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla em inglês] retomaram os combates contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza", declarou o exército em comunicado.
O exército israelita afirmou ter intercetado um foguete disparado da Faixa de Gaza, pouco antes do fim da trégua com o Hamas.
O sistema de defesa antiaérea "intercetou com sucesso um foguete disparado da Faixa de Gaza", afirmaram as IDF, numa mensagem enviada à imprensa a pouco mais de uma hora antes do fim da trégua estabelecida com o Hamas.
O Ministério do Interior da Faixa de Gaza afirmou que "os aviões israelitas estão a sobrevoar a Faixa e os seus veículos abriram fogo no noroeste do enclave".
A interrupção dos combates tinha começado há uma semana, a 24 de novembro, inicialmente durante quatro dias, até ter sido prolongada com a ajuda do Qatar e do Egito, países mediadores.
Durante a trégua, o Hamas e outros militantes de Gaza libertaram mais de 100 reféns, a maioria israelitas, em troca de 240 palestinianos detidos em prisões de Israel.
O grupo islamita realizou um ataque surpresa contra Israel a 07 de outubro, causando 1.200 mortos e mais de 200 reféns, que levou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a declarar guerra ao Hamas e a lançar uma ofensiva na Faixa de Gaza que já custou a vida a mais de 15 mil pessoas.
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