Um estudante ameaçou um professor de morte, numa escola secundária profissional em Charente, França, por ter o mesmo apelido de Samuel Paty, docente decapitado nas imediações do colégio onde trabalhava, por ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula dedicada à liberdade de expressão.
De acordo com a estação BFMTV, que cita a direção da escola, o estudante acabou por ser suspenso como "medida cautelar", enquanto aguarda outras sanções por ter feito "ameaças de morte" contra um professor "por causa do seu nome".
O incidente aconteceu na quinta-feira passada e o diretor da escola apresentou uma denúncia à procuradoria. O professor também deverá apresentar queixa.
A escola sublinha que não notou qualquer sinal de radicalização no aluno.
Recorde-se que Samuel Paty, professor de História e Geografia, foi esfaqueado e decapitado em 2020, na região de Paris, por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé numa aula. O seu assassino, um refugiado russo de origem chechena de 18 anos, radicalizado, foi morto pouco depois pela polícia.
O julgamento de seis jovens, envolvidos no homicídio, começou há uma semana em Paris. Outro julgamento, para oito adultos envolvidos neste caso, está previsto para o final de 2024.
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