Operação internacional da Europol combate crimes ambientais

As autoridades da União Europeia (UE), Brasil, Costa Rica e Panamá realizaram um total de 226 inspeções no âmbito de uma operação internacional, que incluiu Portugal, contra crimes ambientais, contrabando e evasão fiscal, anunciou hoje a Europol.

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Lusa
12/12/2023 13:32 ‧ 12/12/2023 por Lusa

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Europol

A agência policial europeia informou que a operação - que investigou crimes ambientais, corte ilegal de madeira, contrabando, fraude documental, branqueamento de capitais e evasão fiscal - resultou na apreensão de um carregamento de madeira da Birmânia avaliado em 12 mil euros e de dois contentores marítimos de madeira brasileira avaliados em 67 mil euros.

As pistas obtidas nas 226 fiscalizações realizadas durante a operação - que mobilizou autoridades policiais em Portugal, França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha - permitiram ainda a abertura de uma nova investigação criminal.

"O comércio ilegal de madeira é uma prática abominável que envolve a devastação de uma área de floresta equivalente a um campo de futebol a cada dois segundos em todo o mundo. O comércio ilegal de madeira esgota os recursos naturais dos países de origem e tem um impacto direto na desflorestação e, consequentemente, nas alterações climáticas", observou a Europol.

O comércio ilícito de madeira é uma das atividades criminosas transnacionais mais lucrativas financeiramente, gerando anualmente cerca de quase 6,5 mil milhões de euros.

Diversos tipos de madeira - como teca, pau-rosa, ipê e pernambuco - são muito procurados nos países europeus, onde são utilizados para diversos fins, incluindo a criação de ornamentos e construção em geral.

Grupos criminosos organizados mascaram a origem da madeira através da falsificação de documentos e de suborno para conseguir passar os controlos aduaneiros, pelo que este crime inclui numerosos crimes ambientais, exploração madeireira ilegal, contrabando, fraude documental, branqueamento de capitais e evasão fiscal.

A operação foi coordenada pela Europol, com sede em Haia, e mobilizou as autoridades policiais de vários países europeus e de fora da UE, envolvendo diretamente as forças policiais do Brasil, Costa Rica e Panamá.

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