"O apagão envolve a interrupção total de todas as comunicações e serviços de Internet da Paltel e da Ooredoo no centro e no sul da Faixa de Gaza, devido à agressão israelita em curso", indicou, em comunicado, o Ministério das Comunicações e Tecnologias da Informação.
Também a operadora palestiniana Paltel anunciou a interrupção das telecomunicações.
"Lamentamos anunciar que todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza foram interrompidos como resultado da agressão em curso e que Gaza está mais uma vez sem rede", disse a empresa.
Este corte significa uma interrupção quase total das linhas telefónicas fixas e móveis e da Internet no enclave, à medida que prossegue a ofensiva terrestre israelita e quase dois meses de bombardeamentos desde o início da guerra contra o Hamas, em 07 de outubro.
O Crescente Vermelho Palestiniano anunciou que tinha perdido completamente o contacto com a sala de operações na Faixa de Gaza e com todas as suas equipas que aí trabalham, uma vez que as autoridades israelitas cortaram completamente as redes de comunicações fixas, celulares e de Internet.
"Manifestamos a nossa preocupação com a segurança das nossas equipas que trabalham no setor, no meio de ataques aéreos israelitas intensos e contínuos, 24 horas por dia. Estamos muito preocupados com a capacidade das nossas equipas para continuarem a prestar serviços de emergência", acrescentou o porta-voz, que sublinhou que o apagão dificulta a coordenação entre as suas equipas e a chegada das ambulâncias aos feridos.
Este é o quinto corte de comunicações no enclave, desde o início da ofensiva terrestre israelita em Gaza, a 27 de outubro, o último dos quais há dez dias.
As falhas de telecomunicações provocam o isolamento do contacto de Gaza com o mundo exterior, mas as comunicações internas também são interrompidas, o que significa que os habitantes de Gaza não podem telefonar ou comunicar entre si, dificultando o contacto da população civil com os serviços de emergência ou as ambulâncias.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, que matou 1.200 pessoas, em 07 de outubro.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, um pequeno território com 2,3 milhões de habitantes.
A ofensiva israelita matou 18.600 pessoas na Faixa de Gaza, segundo os números mais recentes divulgados pelo Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007 e é considerado um grupo terrorista por Israel.
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