"Os direitos humanos estão sob ataque em todo o mundo. Os conflitos estão a ter consequências terríveis para os civis, especialmente em Gaza. As desigualdades estão a aumentar, a fome, a pobreza. Os direitos das mulheres estão a estagnar, em alguns casos a regredir. O espaço público e a liberdade de imprensa estão a diminuir", afirmou o secretário-geral da ONU, durante uma Assembleia Geral comemorativa dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Nesse sentido, António Guterres considerou que os defensores dos direitos humanos são hoje "luzes na escuridão", num mundo onde "ressurgem, com força, ódios antigos" e sentimentos como o "racismo, xenofobia e intolerância religiosa".
"Estão a mudar vidas, ao arriscarem as suas", afirmou, referindo que no ano passado foram mortos quase 450 defensores dos direitos humanos, jornalistas e sindicalistas, mais 40% do que no ano anterior (2021).
Anna Eleanor Roosevelt, neta da ex-primeira dama norte-americana que presidiu à elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, disse que a sua avó não ficaria contente com o estado deste "documento de grande força moral".
"Precisamos de recordar as nossas ambições mais otimistas", instou, garantindo que tanto ela como a neta, também chamada Eleanor, continuam o trabalho dos seus familiares.
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