"Se não agirem, nós agiremos, e com força", disse Katz, citado num comunicado do ministério, durante uma reunião em Telavive com a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert.
Katz avisou que "qualquer casa reconstruída no sul do Líbano que sirva de base terrorista será destruída", segundo a agência francesa AFP.
"Qualquer rearmamento ou preparação para atividades terroristas será alvo de ataque, qualquer tentativa de transferência de armas será frustrada e qualquer ameaça contra as nossas forças ou cidadãos será imediatamente eliminada", afirmou.
Katz garantiu ainda que Israel vai observar "uma política de tolerância zero" em relação a qualquer violação do acordo.
A declaração de Katz antecipa uma reunião do gabinete de segurança israelita sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e a milícia libanesa Hezbollah, que os Estados Unidos anunciaram estar próximo.
A reunião vai realizar-se hoje à tarde, segundo anunciou a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, Sharren Haskel.
"O gabinete [de segurança] vai reunir-se esta tarde para discutir este acordo", disse Haskel numa conferência de imprensa em Jerusalém, citada pela AFP.
Haskel recusou-se a entrar em detalhes do texto "dada a natureza sensível da questão".
"Deve haver (...) uma discussão, uma decisão. Também poderá haver uma votação", disse Haskel, sugerindo que os membros do gabinete ainda não estavam todos cientes do conteúdo do acordo.
"Os membros do gabinete conhecem alguns detalhes e precisam de entrar em mais detalhes esta tarde", acrescentou.
De acordo com o 'site' de notícias norte-americano Axios, o acordo de cessar-fogo baseia-se numa proposta dos Estados Unidos que prevê uma trégua de 60 dias.
Durante esse período, o Hezbollah e o exército israelita retirar-se-ão do sul do Líbano para deixar o exército libanês destacado na região.
A proposta inclui a criação de um comité internacional para monitorizar a aplicação do acordo, acrescentou o portal de notícias.
Segundo a mesma fonte, os Estados Unidos teriam dado garantias de apoio à ação militar israelita no caso de atos hostis por parte do Hezbollah.
O conflito foi desencadeado por um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel em outubro de 2023, que levou a uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza e, mais recentemente, no sul do Líbano para tentar neutralizar o Hezbollah.
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