"Os soldados atacaram diferentes alvos terroristas [e] envolveram-se em combates a curta distância contra milicianos [do Hezbollah]" na área do rio Litani, disse o exército, segundo a agência espanhola EFE.
A área em questão é a zona para a qual Israel exige que as forças do grupo libanês Hezbollah se retirem, se o cessar-fogo for aprovado dentro de algumas horas.
Trata-se da posição mais a norte em que as tropas israelitas operam desde que invadiram o sul do Líbano, em 01 de outubro, bem como a primeira vez que chegaram à zona desde 2000, segundo os meios de comunicação locais.
O exército anunciou os ataques poucas horas antes de o Gabinete de Segurança de Israel se reunir para votar e possivelmente aprovar um acordo de cessar-fogo no Líbano proposto pelos Estados Unidos.
O projeto de acordo inclui a retirada dos militantes do Hezbollah para norte do rio Litani, que demarca a área desmilitarizada estabelecida pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU após a guerra de 2006.
Apesar do possível anúncio de uma trégua, a aviação israelita bombardeou hoje seis alvos do Hezbollah nos subúrbios a sul de Beirute, onde disse ter atacado centros de comando e outras infraestruturas da milícia xiita apoiada pelo Irão.
Pelo menos 3.768 pessoas foram mortas desde o início do fogo cruzado, há mais de um ano, entre o Hezbollah, em apoio do grupo extremista palestiniano Hamas, e Israel, segundo as autoridades libanesas.
Desse total, mais de 3.000 morreram desde 23 de setembro, quando Israel iniciou uma campanha de bombardeamento do sul do Líbano, a que se seguiu uma invasão terrestre.
O conflito atual foi desencadeado pelo ataque do Hamas em Israel em outubro de 2023, a que o exército israelita respondeu com uma ofensiva na Faixa de Gaza e, posteriormente, no sul do Líbano.
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