Pelo menos 36 pessoas mortas durante a madrugada em Gaza

Pelo menos 36 pessoas morreram hoje durante a madrugada em bombardeamentos israelitas nos campos de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, e em Deir al Balah, no centro, informou a agência oficial palestiniana Wafa.

Notícia

© Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Lusa
17/12/2023 10:22 ‧ 17/12/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Os bombardeamentos tiveram como objetivo casas civis, segundo testemunhas locais", noticiou a Wafa, ao 72.º segundo dia de guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.

As equipas de emergência resgataram os corpos de pelo menos 24 pessoas em Jabalia, que foi um dos locais onde se centraram os combates nas últimas semanas. Quase cem pessoas ficaram feridas e ainda há dezenas debaixo dos escombros.

No campo de refugiados de Deir al Balah, onde milhares de pessoas procuraram refúgio depois de terem de sair do norte, morreram pelo menos 12 palestinianos, de acordo com os serviços de emergência citados pela Wafa.

No sul, na cidade de Jan Yunis -- outro dos bastiões do Hamas e centro dos combates -- a artilharia israelita disparou um míssil, que não chegou a explodir, para o hospital Nasser, que alberga centenas de feridos e deslocados.

As forças navais israelitas atacaram várias zonas a norte da província de Jan Yunis e da sua costa ocidental, indicou a Wafa.

Durante a noite também ocorreram bombardeamentos aéreos sobre o bairro de Al Jenena, em Rafah, no extremo meridional da Faixa, declarada por Israel como "zona humanitária", alegadamente segura, onde se concentra mais de um milhão de pessoas que fugiram dos combates noutros pontos do enclave.

Desde que começou a guerra, em 07 de outubro, cerca de 19.000 habitantes de Gaza morreram, vítimas de bombardeamentos israelitas e dos combates, incluindo quase 8.000 crianças, enquanto mais 51.000 estão feridos e se estima que 7.500 corpos estejam presos debaixo dos escombros, segundo o Ministério da Saúde da Faixa, controlada pelo Hamas.

Leia Também: Lisboa 'deu as mãos' pela Palestina. O cordão humano em imagens

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