Em termos absolutos, estas percentagens equivalem à perda de 468 mil postos de trabalho nos territórios palestinianos, incluindo 192 mil em Gaza e 276 mil na Cisjordânia, refere o estudo, que foi elaborado em conjunto com o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina.
O relatório atualiza os dados de outro estudo da OIT publicado em novembro.
Este impacto no mercado de trabalho traduz-se em perdas salariais de cerca de 20,5 milhões de dólares por dia.
O relatório especifica que a produção em Gaza caiu 84% (cerca de 200 milhões de dólares por mês) desde o início do conflito, sendo os restantes 16% em setores básicos como a saúde e a produção alimentar, como padarias.
Na Cisjordânia, a produção também registou uma quebra de 37%, ou seja, cerca de 500 milhões de dólares por mês.
Em todos os territórios palestinianos, a taxa de desemprego aumentou de 24% da população ativa no final de 2022 para 46,1% atualmente, uma percentagem que ultrapassa os 75% no caso de Gaza.
"O impacto da catástrofe humanitária nestas comunidades não tem precedentes nos territórios palestinianos ocupados, com efeitos económicos, sociais, de desenvolvimento e de emprego tanto em Gaza como na Cisjordânia", disse a diretora regional da OIT para os países árabes, Ruba Jaradat.
Entre os afetados pela perda do desemprego encontram-se os 20 mil habitantes de Gaza que trabalhavam em Israel e os 171 mil da Cisjordânia que trabalhavam em Israel, ou mesmo em colonatos israelitas ilegais nos territórios palestinianos.
O relatório indica que o desemprego aumentou em todos os setores, exceto na agricultura, onde se manteve estável, embora se tenha verificado uma redução da presença de mulheres, substituídas por homens desempregados em outras indústrias.
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