Numa entrevista televisiva, o primeiro-ministro, Dorin Recean, sublinhou na segunda-feira que a Moldávia precisa de um sistema de defesa aérea moderno para lidar com a ameaça russa.
"Se o Kremlin decidir atacar-nos, atacará. E com que é que as pessoas se defenderão?" questionou o chefe de Governo moldavo.
A Moldávia anunciou em setembro a aquisição do radar Ground Master 200 (GM 200) produzido pela Thales. Este radar, que pode detetar aeronaves a uma distância de 250 quilómetros, pode integrar um sistema de defesa aérea a ele conectado.
O ministro da Defesa da Moldávia, Anatolie Nosatii, descreveu o radar como vital para aumentar as capacidades de defesa aérea do país.
"Os últimos incidentes em que o espaço aéreo do nosso país foi violado chamaram a atenção das autoridades para a necessidade urgente de consolidar as capacidades de defesa da República da Moldávia", sublinhou, num comunicado.
O sistema de radar, cuja aquisição foi financiada pelo orçamento da defesa nacional, irá monitorizar todo o espaço aéreo da Moldávia. O preço não foi divulgado.
O exército da Moldávia, uma antiga república soviética, está equipado com equipamento frequentemente obsoleto que data da era soviética.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia em 2022, as tensões entre Moscovo e Chisinau agravaram-se de forma acentuada.
O atual governo moldavo pró-europeu condenou a invasão russa na Ucrânia e afirmou que Moscovo planeou uma conspiração para tentar derrubá-lo.
Na semana passada, o parlamento adotou uma nova estratégia de segurança que identifica "Moscovo" e a "corrupção" como ameaças à segurança do país.
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