Hamas diz que 4 pessoas morreram em ataque israelita em ponto de passagem
O governo do Hamas anunciou hoje que quatro pessoas foram mortas em ataques israelitas num ponto de passagem entre a Faixa de Gaza e Israel, incluindo o seu diretor.
© MOHAMMED ABED/AFP via Getty Images
Mundo Israel
Bassem Ghaben, diretor do posto de passagem de Karam Abu Salem (Kerem Shalom em hebraico), foi morto juntamente com outras três pessoas "quando aviões israelitas atacaram a infraestrutura", indicou a administração responsável pelos postos de passagem e o ministério da Saúde do Hamas.
Questionados pela AFP, o exército israelita e a Cogat, organismo do Ministério da Defesa israelita responsável pelos assuntos civis palestinianos, não responderam até ao momento.
Israel aprovou na sexta-feira a entrega "temporária de parte da ajuda humanitária à Faixa de Gaza através da sua passagem fronteiriça Kerem Shalom, abrindo assim uma nova rota de abastecimento além da principal, o ponto de Rafah entre o Egito e Gaza.
"Vimos hoje [quinta-feira] um ataque de 'drones' no lado palestiniano de Karem Abu Salem que impede a Unrwa (agência da ONU para os refugiados palestinianos) de receber os camiões" de ajuda, comentou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.
"Compreendemos que vários palestinianos que trabalhavam no ponto de passagem foram mortos", observou, acrescentando que o Programa Alimentar Mundial (PAM) suspendeu as suas atividades.
Comentando a abertura do Kerem Shalom, o enviado da ONU para a região, Tor Wennesland, saudou na terça-feira as medidas israelitas que foram "positivas", mas "longe de serem suficientes", tendo em vista do que é necessário para lidar com a catástrofe humana no terreno.
A ONU estima que quase 1,9 milhões de pessoas estão deslocadas na Faixa de Gaza, ou 85% da população.
Israel declarou guerra ao Hamas em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro pelo movimento palestiniano no seu território, que provocou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada nos últimos números oficiais israelitas.
De acordo com o movimento islamista palestiniano, no poder em Gaza desde 2007, as operações militares israelitas no pequeno território sitiado provocaram 20.000 mortos.
Leia Também: AO MINUTO: "EUA não ditarão prazos"; Nenhum hospital funciona em pleno
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com