O Ministério da Saúde palestiniano, tutelado pela Autoridade Palestiniana, indicou, na plataforma Telegram, que os mortos são Ahmed Muhamad Yusef Yagui, de 17 anos, e Ibrahim Mayid Abdelmayid al Titi, de 31 anos.
Fontes locais citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA adiantaram que o exército israelita lançou um ataque ao campo de refugiados e disparou sobre um grupo de palestinianos, deixando também dois feridos, mas não avançou mais pormenores.
A operação aconteceu em paralelo a uma série de outros ataques israelitas, um dos quais atingiu a sede do Crescente Vermelho palestiniano, na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, segundo a organização humanitária.
De acordo com a mesma fonte, o ataque causou vários feridos entre os deslocados internos que ali estavam refugiados.
"Projéteis de artilharia atingiram os andares superiores" do edifício da sede do Crescente Vermelho, deixando "vários feridos entre os deslocados", sublinhou a organização humanitária na rede social X (antigo Twitter).
"Havia milhares de pessoas deslocadas abrigadas no prédio", acrescentou.
As grandes cidades de Rafah, perto da fronteira com o Egito, onde estão amontoados milhares de deslocados, e de Khan Younes, no sul de Gaza, para onde fugiram muitos dos palestinianos que viviam na zona norte do território, são atualmente o foco dos ataques de Israel.
O exército anunciou hoje ter atingido mais de uma centena de alvos do Hamas na segunda-feira, incluindo entradas de túneis e locais militares usados para atacar soldados, nomeadamente em Jabaliya, no norte, e em Khan Younes.
"Não vamos parar, (...) vamos intensificar os combates nos próximos dias. Será uma guerra longa", disse o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na segunda-feira, depois de visitar Gaza.
"O Hamas tem de ser destruído, Gaza deve ser desmilitarizada e a sociedade palestiniana deve ser desradicalizada", sublinhou, em declarações ao jornal norte-americano The Wall Street Journal.
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de outubro, quando o grupo islamita palestiniano lançou um ataque em solo israelita que, segundo Telavive, provocou cerca de 1.200 mortos e fez mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel tem bombardeado intensamente Gaza e bloqueou o acesso a bens essenciais como água, medicamentos e combustível. De acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas desde 2007, os ataques fizeram mais de 20.600 mortos, aos quais se somam cerca de 280 palestinianos mortos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
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