O homem suspeito de ter matado a família em Meaux, a cerca de 40 quilómetros da cidade francesa de Paris, já tinha ameaçado a esposa, uma das vítimas mortais, em 2019.
De acordo com o que escreve, esta terça-feira, a BBC, a situação aconteceu um mês antes de o terceiro filho do casal nascer. Segundo o procurador responsável pelo caso, e citado pela imprensa britânica, o homem, agora com 33 anos, atacou a mulher com uma faca.
A mulher não apresentou queixa, e o caso não foi avante, devido ao estado de saúde mental do marido, que se encontraria debilitado.
Desta vez, as autoridades explicam a que tanto a esposa como as filhas mais velhas, de dez a sete anos, sofreram "um grande número de facadas".
Os dois filhos mais novos, um rapaz de quatro anos e um bebé de nove meses, não tinham ferimentos visíveis no seu corpo e, de acordo com as autoridades, poderão ter sido "estrangulados ou possivelmente afogados". Os exames para determinar as causas de morte serão feitos na quarta-feira.
O que disseram (e diziam) os vizinhos
O alerta para esta situação foi dado no Dia de Natal, depois de uma vizinha ter tentado contactar a família várias vezes. Quando viu que as persianas da casa estavam fechadas, percebeu que algo estava errado. A mulher terá visto sangue no puxador da porta e decidiu chamar as autoridades, que se depararam com um cenário de "extrema violência", com poças de sangue no interior.
O apartamento não tinha sinais de entradas forçadas e o pai não se encontrava presente. As autoridades seguiram-no através das câmaras de vigilância e acabaram por detê-lo na casa do pai.
Os vizinhos dizem que o homem é "psicologicamente frágil" e que terá cometido o crime com uma arma branca.
Segundo os vizinhos, a mulher, de 35 anos, era "simpática e falava com todos". Uma mulher referiu que o agora suspeito estava calmo atualmente, mas "não confortável na sua pele". Segundo esta vizinha, a esposa não escondia que o marido tinha uma depressão, que terá surgido depois de este perder o emprego. A mesma vizinha referiu que o homem estava "em tratamento".
O procurador referiu ainda que durante as buscas à residência foram encontrados documentos que sugeriam a admissão do suspeito num hospital psiquiátrico, em 2017, assim como uma prescrição para calmantes.
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