Israel e Hezbollah continuam combates na zona fronteiriça do Líbano

O Exército israelita e o grupo xiita libanês Hezbollah estão desde manhã envolvidos numa constante troca de tiros de artilharia entre o sul libanês e o norte de Israel, que já provocou três mortos no Líbano, indicaram fontes oficiais.

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© JALAA MAREY/AFP via Getty Images

Lusa
27/12/2023 15:59 ‧ 27/12/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

As sirenes antiaéreas foram ativadas de manhã em Rosh Hanikra, uma estância turística no noroeste de Israel, na fronteira com o Líbano e o Mediterrâneo, e o exército israelita confirmou que "foram identificados vários lançamentos [de foguetes] provenientes do Líbano".

O sistema de defesa aérea "intercetou com êxito vários dos lançamentos", enquanto outros caíram em terras desabitadas, disse um porta-voz militar israelita.

As forças de defesa israelitas "visaram, depois, os locais de onde foram lançados os foguetes" e "outras zonas no Líbano", explicou.

O Hezbollah reivindicou hoje a autoria de cinco ataques no norte de Israel, incluindo o lançamento de mísseis de alto calibre "Burkan" contra um posto militar avançado e um ataque simultâneo contra vários grupos de soldados utilizando 'drones' (aparelhos voadores não tripulados), obuses e artilharia.

A formação xiita reivindicou também hoje, numa série de declarações, duas outras ações armadas, sem especificar posições militares, bem como o lançamento de um míssil teleguiado.

O exército israelita informou que, na noite de terça-feira, um caça das Forças de Defesa de Israel (FDI) atacou uma base militar do Hezbollah, sem dar mais pormenores.

Entretanto, a Agência Nacional de Notícias libanesa reportou hoje que pelo menos três pessoas morreram num bombardeamento israelita contra uma casa no sul do Líbano, incluindo um combatente do Hezbollah e o seu irmão e cunhada.

O Hezbollah confirmou num comunicado que o morto, identificado como Ali Ahmed Bazzi, era um membro das suas fileiras.

Israel anunciou terça-feira estar a preparar-se para "todos os cenários de guerra" na fronteira com o Líbano, à medida que se intensificam as hostilidades com o Hezbollah.

"Estamos a preparar-nos para todos os cenários, caso não seja encontrada uma solução diplomática para as contínuas violações da resolução do Conselho de Segurança da ONU por parte do Hezbollah", emitida em 2006 na sequência da guerra entre o grupo xiita e Israel, disse o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, numa conferência de imprensa.

A fronteira israelo-libanesa está mais tensa desde a guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006, na sequência do recrudescimento das agressões das milícias pró-palestinianas no dia seguinte ao início da guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel na Faixa de Gaza, a 07 de outubro.

Desde o início das hostilidades na região, mais de 171 pessoas foram mortas: 13 em Israel - nove soldados e quatro civis - e pelo menos 159 no Líbano, incluindo 122 membros do Hezbollah, 16 membros das milícias palestinianas, um soldado e 20 civis - incluindo três jornalistas e três crianças.

Israel enviou mais de 200.000 soldados para a sua fronteira norte, onde a violência também deslocou milhares de pessoas: cerca de 80.000 pessoas foram retiradas de comunidades no norte de Israel e mais de 70.000 fugiram do sul do Líbano.

Leia Também: Israel. Pelo menos 20 mortos em ataque em Gaza

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