"Com a morte de Jacques Delors, a UE perdeu um gigante", reagiu Roberta Metsola, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
"Último cidadão honorário da Europa, trabalhou incansavelmente como presidente da Comissão Europeia e membro do Parlamento Europeu em prol de uma Europa unida. Gerações de europeus continuarão a beneficiar do seu legado", adiantou a líder da assembleia europeia.
O antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors morreu hoje em Paris aos 98 anos, informou a sua filha Martine Aubry à agência France Presse (AFP).
"Morreu esta manhã [quarta-feira] na sua casa em Paris, enquanto dormia", afirmou Martine Aubry, presidente socialista da câmara municipal de Lille.
Figura da construção do projeto europeu e considerado o "pai do euro", Jacques Delors foi presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, durante três mandatos, incluindo na adesão de Portugal à União Europeia (1986).
No seio da UE, ficou conhecido por ter aprovado o Ato Único Europeu, em 1986, que levou à criação do Mercado Único, o primeiro do género a nível mundial, em 1993.
Foi protagonista na transformação da Comunidade Europeia em União Europeia, o que permitiu uma transição para a moeda única (o euro) e para uma maior cooperação ao nível da defesa.
Nome incontornável da esquerda francesa, foi ainda ministro da Economia e das Finanças e eurodeputado.
Jacques Delors frustrou as esperanças desta ala partidária ao recusar apresentar-se às eleições presidenciais de 1995 em França. Na altura, era favorito nas sondagens.
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