O porta-voz da presidência da Argentina, Manuel Adorni, confirmou que a Conferência Episcopal tornou efetiva, a 01 de janeiro, a renúncia de uma remuneração mensal do Estado, de 55.000 dólares (cerca de 50.300 euros), que se destinava a pagar salários a alguns bispos e arcebispos.
A decisão surge mais de cinco anos depois de a Conferência Episcopal se ter reunido com o governo do então presidente Mauricio Macri (2015-2019), para efetivar uma separação entre Estado e Igreja.
Na altura, escreve a agência noticiosa Efe, as partes concordaram que a medida entraria em vigor no final da administração do chefe de Estado Alberto Fernández (2019-2023), agora sucedido por Javier Milei.
A decisão, diz o porta-voz da presidência argentina, "está alinhada com o Governo: Contenção nos gastos e defesa da liberdade de culto".
"Entendemos que o Estado não tem que ter um tratamento desigual para uma religião ou culto sobre qualquer outra", disse Adorni.
Javier Milei venceu as eleições presidenciais de novembro passado e foi empossado Presidente da Argentina a 10 de dezembro.
Leia Também: Bispos moçambicanos decidem não dar bênção a uniões do mesmo sexo