Os pilotos do avião da Japan Airlines (JAL) que se incendiou na terça-feira, no aeroporto Internacional de Janeda, em Tóquio, no Japão, não se aperceberam do incêndio na aeronave. A notícia foi dada aos pilotos por um hospedeiro de bordo, disse um porta-voz da companhia à BBC.
“Logo após o avião aterrar, o piloto sentiu um choque repentino e perdeu o controlo. Ocorreu um incêndio, mas os pilotos não se aperceberam e souberam pelo comissário de cabine", disse o porta-voz da JAL. Segundo a companhia aérea, os assistentes de bordo assim que se aperceberam das chamas tentaram fazer com que todos os passageiros se mantivessem calmos e não se levantassem, "o que poderia dificultar a evacuação da aeronave".
Depois disso, todos as 379 pessoas a bordo conseguiram sair do avião. A evacuação da aeronave é descrita pela imprensa japonesa como "18 minutos milagrosos". "A cooperação foi a chave para que todos os passageiros escapassem rapidamente e em segurança", afirmou a companhia.
Recorde-se que do acidente resultaram cinco mortos, passageiros do aparelho da Guarda Costeira. Suspeita-se que esta aeronave não tinha permissão para descolar no momento em que entrou na pista para a qual se dirigia o voo comercial vindo de Sapporo.
A afirmação, que resulta da análise das comunicações entre a aeronave e a torre de controlo do aeroporto da capital do Japão, contradiz a versão dos eventos relatada por um dos pilotos da aeronave da Guarda Costeira - o único que sobreviveu à aparatosa colisão -, que garantiu ter recebido autorização para entrar na pista.
Leia Também: "Um milagre". Sobreviventes recordam como foram salvos de avião em chamas
