"As eleições presidenciais realizar-se-ão a 23 de março", declarou à imprensa Peter Pellegrini, que também é candidato às presidenciais e é apontado nas sondagens como um dos potenciais vencedores.
Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, realizar-se-á uma segunda volta a 06 de abril no país que conta com cerca de 5,4 milhões de habitantes.
A Presidente eslovaca cessante, Zuzana Caputova, crítica da coligação tripartidária no poder, anunciou em junho que não se ia candidatar a um segundo mandato.
O principal opositor de Caputova, o primeiro-ministro populista Robert Fico, e o seu partido Smer-SD, vão apoiar Pellegrini, líder do partido parceiro da coligação Hlas-SD.
Segundo as últimas sondagens, Pellegrini reúne 40% das intenções de voto.
Os partidos da oposição consideram que uma vitória de Pellegrini abriria caminho a eventuais indultos presidenciais para os aliados do Smer-SD, incluindo um antigo procurador especial e um ex-funcionário fiscal condenados por corrupção.
As funções presidenciais na Eslováquia têm um caráter essencialmente protocolar, embora caiba ao Presidente ratificar os tratados internacionais, nomear os principais magistrados e vetar as leis aprovadas pelo parlamento, sendo ainda o comandante-em-chefe das Forças Armadas.
O líder do partido nacionalista SNS, um parceiro menor na coligação governamental, Andrej Danko, bem como os antigos ministros dos Negócios Estrangeiros Ivan Korcok e Jan Kubis, estão também a ponderar candidatar-se à Presidência.
O candidato da minoria húngara, Krisztian Forro, e o antigo juiz do Supremo Tribunal, Stefan Harabin, também estão na corrida.
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