"Estou ciente dos esforços que [Israel] tem vindo a desenvolver há vários anos para criar melhores ligações e integração no Médio Oriente. Penso que existem oportunidades reais neste domínio mas temos de ultrapassar este momento muito difícil", declarou Blinken, no início de uma reunião com o Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz.
O responsável norte-americano encontra-se hoje em Israel no âmbito da quarta visita à região desde o início da guerra na Faixa de Gaza que começou no passado dia 07 de outubro do ano passado.
"Acabo de chegar de vários países da região: Turquia, Grécia, Jordânia, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, e quero partilhar com o presidente [de Israel] o que ouvi desses líderes, tal como farei com o primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] ainda hoje", disse Blinken no início da reunião em Telavive.
O chefe da diplomacia norte-americana deve reunir-se hoje com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel.
Blinken vai contactar o Gabinete de Guerra do Executivo israelita e os familiares dos reféns do Hamas.
Na quarta-feira desloca-se à Cisjordânia onde vai encontrar-se com as autoridades palestinianas, incluindo o presidente, Mahmoud Abbas.
"Quero agradecer aos Estados Unidos, ao Presidente Biden, à Administração e a si, secretário Blinken, pelo facto de estar ao lado de Israel nesta batalha, que tem claramente a ver com a humanidade e os valores do mundo livre. Muito obrigado", disse hoje o Presidente Herzog de Israel.
Herzog referiu-se ainda à audiência no Tribunal Penal Internacional de Haia, que se inicia na quinta-feira, sobre a queixa de genocídio contra Israel apresentada pela África do Sul, e que classificou de "hipócrita".
"Não há nada mais hediondo e absurdo do que essa afirmação. Na realidade, os nossos inimigos - o Hamas -, na carta que foi enviada, apelam à destruição e aniquilação do Estado de Israel, o único Estado-nação do povo judeu", disse o presidente israelita.
A guerra em Gaza causou mais de 23 mil mortos, 59 mil feridos e 1,9 milhões de deslocados num território com 2,3 milhões de habitantes.
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