CEO da Boeing reconhece "erro" publicamente após incidente com avião
Fabricante de aviões reconhece erros vários dias após o incidente.
© Christopher Pike/Bloomberg via Getty Images
Mundo Boeing
O diretor-executivo da Boeing, Dave Calhoun, quebrou o silêncio e admitiu, publicamente, que a empresa cometeu erros, depois de uma porta e um pedaço da fuselagem terem caído de um avião, num voo da Alaska Airlines, na sexta-feira.
O responsável da fabricante norte-americana de aviões assegurou ainda que iria trabalhar com os reguladores para garantir que este tipo de incidente "nunca mais possa acontecer", cita a Reuters.
Estas declarações foram dirigidas aos funcionários e partilhadas pela Boeing.
"Vamos abordar esta questão reconhecendo o nosso erro", disse Dave Calhoun. "Vamos abordar o assunto com 100% de transparência em cada etapa do processo", acrescentou, referindo que a empresa vai "garantir que todos os próximos aviões que entrarem no céu sejam de facto seguros".
O diretor-executivo da Boeing elogiou ainda a tripulação da Alaska Airlines, que agiu rapidamente.
Recorde-se que incidente aconteceu na sexta-feira, durante um voo da Alaska Airlines entre Portland, Oregon e Ontário, Califórnia, quando a porta esquerda 'selada' se soltou da cabine em pleno voo, causando a despressurização da aeronave.
No sábado, a Administração Federal de Aviação dos EUA pediu a imobilização de total de 171 aviões Boeing 737 MAX 9, o mesmo tipo de avião envolvido no acidente, para que se conduzisse uma inspeção minuciosa.
Ontem, a companhia aérea norte-americana Alaska Airlines disse ter detetado "equipamento mal fixado" durante verificações dos Boeing 737 MAX 9. Inspeções preliminares mostraram que "equipamento mal fixado é visível em determinadas aeronaves".
Horas antes, outra companhia aérea norte-americana, a United Airlines, indicou ter encontrado parafusos mal apertados durante verificações nas portas 'seladas' dos aviões.
O bloqueio de determinadas portas é uma configuração que a Boeing oferece aos clientes quando o número de saídas de emergência existentes já é suficiente em relação ao número de assentos da aeronave.
Além do 737 MAX 9, este dispositivo já existe em outros modelos da Boeing, nomeadamente no 737-900ER, lançado em 2006 e que não sofreu incidentes semelhantes desde então.
As ações da Boeing caíram 1,4% esta terça-feira.
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