"E destas armas recolhidas, 96.007 encontravam-se em estado obsoleto e inadequada para o uso nas forças armadas, tendo sido destruídas", disse hoje o comandante-geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), o comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, quando presidia ao ato de substituição das armas de guerra em posse de empresas de segurança privada, em Luanda.
O oficial superior da PNA considerou que o processo, que se iniciou há 15 anos, partiu da necessidade de se travar a proliferação das armas de guerra, "tendo em conta o seu impacto negativo na segurança pública".
Considerando que as empresas privadas de segurança e o sistema de autoproteção desempenham um papel fundamental no apoio às forças na garantia de segurança pública, "foi necessário regularizar o funcionamento das mesmas definindo-se, por lei, as armas orgânicas específicas para o exercício das suas atividades", indicou.
Destacou, na intervenção, o surgimento, no mercado angolano, de nove empresas licenciadas para a importação e venda de armas de defesa em munições, referindo que estas "criaram os pressupostos necessários" para a substituição das armas de guerra em posse das empresas privadas de segurança.
O Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), general do exército Altino dos Santos, também interveio, na ocasião, tendo reafirmado a disponibilidade e o envolvimento das FAA no desarmamento da população civil.
"Gostaria de reafirmar a total disponibilidade das FAA na continuação das ações conjuntas com a PNA, no âmbito da comissão, visando desarmar e responsabilizar civil e criminalmente todos os cidadãos que, apesar dos apelos das autoridades competentes, persistem na posse ilegal de armas de fogo ou na sua comercialização", frisou.
O ato de substituição das armas de guerra em posse de empresas privadas de segurança e sistema de autoproteção e de devolução às FAA decorreu na Unidade de Reação e Patrulhamento do Comando Provincial de Luanda.
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