Num comunicado, Sunak confirmou que aviões da Força Aérea Real Britânica lançaram "em legítima defesa", "ataques direcionados" contra vários locais utilizados pelos hutis, em conjunto com forças dos Estados Unidos.
"Apesar dos repetidos avisos da comunidade internacional, os hutis continuaram a realizar ataques no Mar Vermelho, novamente esta semana contra navios de guerra britânicos e americanos. Isto não pode continuar", disse o chefe de Governo.
Sunak lamentou que as ações dos rebeldes do Iémen, que descreveu como irresponsáveis e desestabilizadoras, estejam "a causar grandes perturbações numa rota comercial" e a fazer "subir os preços das matérias-primas".
As principais companhias marítimas a nível mundial continuam a ajustar as suas rotas para evitar transitar por este trajeto marítimo, através do qual transita quase 15% do comércio marítimo global, incluindo 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio petrolífero e 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito.
"O Reino Unido defenderá sempre a liberdade de navegação e o livre fluxo de comércio", acrescentou o primeiro-ministro britânico.
A ação foi tomada com "apoio não operacional" dos Países Baixos, Austrália, Canadá e Bahrein, para "degradar as capacidades militares dos hutis e proteger o transporte marítimo global", acrescentou Sunak.
No início desta semana, Londres tinha anunciou que uma fragata, a HMS Richmond, estava a caminho do Mar Vermelho, onde já se encontrava o navio de guerra britânico HMS Diamond, para combater os ataques dos hutis.
Os ataques aéreos atingiram a capital do Iémen, Sanaa, e em outras cidades controladas pelos rebeldes apoiados pelo Irão, como Hodeida e Saada, disse hoje o canal de televisão Huti Al-Massirah.
Em resposta, os hutis lançaram hoje mísseis de cruzeiro e balísticos contra navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no mar Vermelho, disse uma fonte dos rebeldes à agência de notícias espanhola Efe.
Estes ataques marcam a primeira resposta militar aos 27 ataques com 'drones' e mísseis lançados desde 19 de novembro contra navios comerciais pelos hutis, que alegam que os seus ataques visam parar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e reivindicam ataques contra alvos com ligação a Israel.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira uma resolução que exigia que os hutis cessassem imediatamente os ataques e que condenou implicitamente o principal fornecedor de armas aos rebeldes, o Irão.
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