"Não há justificação para esta agressão contra o Iémen, uma vez que não houve ameaça à navegação internacional no mar Vermelho", disse Mohamed Abdel Salam.
Numa mensagem publicada na rede social X, o dirigente garantiu que "os alvos foram e continuarão a ser navios israelitas ou aqueles que se dirijam para os portos da Palestina ocupada".
Desde 19 de novembro, os Huthis lançaram 27 ataques com 'drones' e mísseis contra navios comerciais, em retaliação pela guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e tendo como alvo navios com ligação a Israel.
Em retaliação, os militares dos EUA e do Reino Unido bombardearam na quinta-feira mais de uma dúzia de locais usados pelos Huthis no Iémen
O comando da Força Aérea dos EUA no Médio Oriente disse ter atingido mais de 60 alvos em 16 locais no Iémen, incluindo "bases de comando e controlo, depósitos de munições, sistemas de lançamento, instalações de produção e sistemas de radar de defesa aérea".
Os ataques aéreos atingiram a capital do Iémen, Sanaa, e outras cidades controladas pelos rebeldes apoiados pelo Irão, como Hodeida e Saada, disse hoje o canal de televisão Huthi Al-Massirah.
Numa declaração conjunta, os dez países envolvidos (EUA, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e Coreia do Sul) observaram que o objetivo continua a ser "reduzir as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho".
Em resposta, os Huthis lançaram hoje mísseis de cruzeiro e balísticos contra navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no mar Vermelho, disse uma fonte dos rebeldes à agência de notícias espanhola Efe.
A Rússia convocou para hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, após os ataques.
O Conselho de Segurança aprovou na quarta-feira uma resolução que exigia que os Huthis cessassem imediatamente os ataques e que condenou implicitamente o principal fornecedor de armas aos rebeldes, o Irão.
A resolução, apresentada pelos EUA e Japão, foi aprovada por 11 votos a favor, sem qualquer voto contra, e com quatro abstenções, da Rússia, China, Argélia e Moçambique.
Imediatamente antes da votação, o Conselho rejeitou por esmagadora maioria três propostas de alterações russas, uma das quais teria acrescentado linguagem para sublinhar que "a escalada em Gaza é a principal causa da atual situação no Mar Vermelho".
O embaixador russo junto da ONU, Vassily Nebenzia, disse acreditar que o verdadeiro objetivo da resolução era obter luz verde do Conselho de Segurança para legitimar as ações futuras da coligação criada pelos EUA e aliados.
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