O aviso surgiu após os Hutis, que controlam cerca de dois terços do território do Iémen, ameaçarem retaliar dos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos e que estão a suscitar receios sobre um alastramento do conflito numa região já assolada pela guerra de Israel na Faixa de Gaza.
A Casa Branca já admitiu a possibilidade de uma retaliação pelos Hutis.
"Existe a possibilidade de que [os Hutis] possam efetuar alguma retaliação", indicou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
"Isto não foi um exercício, foi destinado a comprometer e degradar as capacidades militares dos Hutis", acrescentou.
No entanto, assinalou que Washington "não procura uma guerra contra os Hutis, antes pretendemos que terminem os seus ataques".
O Presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou a ação conjunta que decorreu na madrugada de hoje após os Hutis terem efetuado na terça-feira a sua maior ofensiva até ao momento contra navios, alegando que estão vinculados a Israel.
Segundo o comando central norte-americano, os EUA e o Reino Unido derrubaram nesse dia 21 'drones' lançados pelos Hutis.
Os dois países ocidentais, aliados na NATO, lançaram esta madrugada 73 bombardeiros contra posições militares dos Hutis em várias províncias do Iémen, provocando cinco baixas segundo responsáveis do movimento que controla grande parte do país.
Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Nova Zelândia e Coreia do Sul emitiram um comunicado conjunto onde justificam a ação em nome da defesa do comércio internacional e dos navios que transitam pelo mar Vermelho, onde circula cerca de 15% do comércio marítimo global.
Na sequência destes bombardeamentos, os Hutis declararam "guerra aberta" contra os Estados Unidos e Reino Unido, e reivindicaram o lançamento de uma salva de mísseis contra os seus navios de guerra presentes no mar Vermelho, onde os dois países ocidentais lideram uma coligação naval para proteger navios mercantes da zona.
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