Novo chefe da diplomacia francesa em Kyiv na 1.ª visita ao estrangeiro

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, foi hoje a Kyiv para mostrar o apoio de Paris à Ucrânia antes do segundo aniversário da guerra do país com a Rússia, no próximo mês.

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Lusa
13/01/2024 11:07 ‧ 13/01/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A visita surge numa altura crucial para a Ucrânia, em que os seus aliados europeus e norte-americanos debatem se devem continuar a apoiar o país face aos ataques russos.

Séjourné, nomeado chefe da diplomacia francesa na quinta-feira, "chegou a Kyiv para a sua primeira viagem ao terreno, a fim de prosseguir a ação diplomática francesa no país e reiterar o compromisso da França com os seus aliados e com a população civil", disse o seu ministério na rede X.

"Durante quase dois anos, a Ucrânia tem estado na linha da frente na defesa da sua soberania e na garantia da segurança da Europa. A ajuda da França é um compromisso a longo prazo. É o que venho dizer em Kyiv nesta minha primeira deslocação", afirmou o ministro numa mensagem publicada na mesma rede social.

Stéphané Séjourné, que sucede a Catherine Colonna na sequência da remodelação governamental em França, deverá encontrar-se hoje com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Kyiv.

Aos 38 anos, o novo ministro, que ao contrário da sua antecessora não seguiu uma carreira diplomática, é próximo do Presidente francês Emmanuel Macron e, assim que tomou posse, na sexta-feira, prometeu continuar o apoio da França, afirmando que "ajudar a Ucrânia significa garantir a vitória da democracia".

A ajuda militar da França à Ucrânia ascende a 3,2 mil milhões de euros, de acordo com um relatório parlamentar publicado em novembro.

O forte apoio dado pelos países ocidentais após a invasão russa, no início de 2022, sofreu uma quebra nas últimas semanas, num contexto de divergências políticas.

As novas promessas de ajuda ocidental abrandaram drasticamente, caindo para o seu nível mais baixo desde o início da guerra, de acordo com o instituto de investigação alemão Kiel Institute, no início de dezembro.

Na sexta-feira à noite, Moscovo lançou 40 mísseis e drones contra a Ucrânia, oito dos quais foram destruídos e "mais de 20" falharam o alvo, graças, nomeadamente, a "contramedidas eletrónicas", anunciou a força aérea ucraniana.

As autoridades ainda não comunicaram quaisquer vítimas mortais. Um míssil que caiu na região de Soumy (nordeste) feriu um civil e danificou 26 edifícios, de acordo com o Procurador-Geral do país.

Leia Também: Parlamento Europeu. Orçamento e conflitos marcam 1.ª sessão de 2024

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