"A Ucrânia é e continuará a ser a prioridade da França", afirma Séjourné

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, afirmou hoje, em Kyiv, que a Ucrânia "é e continuará a ser a prioridade" da França, na sua primeira visita ao estrangeiro como chefe da diplomacia.

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Lusa
13/01/2024 12:02 ‧ 13/01/2024 por Lusa

Mundo

Stéphane Séjourné

"A Ucrânia é e continuará a ser a prioridade da França, apesar da multiplicação das crises", declarou Stéphane Séjourné.

Em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba, Séjourné afirmou ser na Ucrânia "que os princípios fundamentais do direito internacional e os valores da Europa, bem como os interesses de segurança dos franceses, estão a ser defendidos".

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês foi hoje a Kyiv para mostrar o apoio de Paris à Ucrânia antes do segundo aniversário da guerra do país com a Rússia, no próximo mês.

A visita surge numa altura crucial para a Ucrânia, em que os seus aliados europeus e norte-americanos debatem se devem continuar a apoiar o país face aos ataques russos.

Séjourné, nomeado chefe da diplomacia francesa na quinta-feira, "chegou a Kyiv para a sua primeira viagem ao terreno, a fim de prosseguir a ação diplomática francesa no país e reiterar o compromisso da França com os seus aliados e com a população civil", disse o seu ministério na rede X.

"Durante quase dois anos, a Ucrânia tem estado na linha da frente na defesa da sua soberania e na garantia da segurança da Europa. A ajuda da França é um compromisso a longo prazo. É o que venho dizer em Kyiv nesta minha primeira deslocação", afirmou o ministro numa mensagem publicada na mesma rede social.

A ajuda militar de França à Ucrânia ascende a 3,2 mil milhões de euros, de acordo com um relatório parlamentar publicado em novembro.

O forte apoio dado pelos países ocidentais após a invasão russa, no início de 2022, sofreu uma quebra nas últimas semanas, num contexto de divergências políticas.

As novas promessas de ajuda ocidental abrandaram drasticamente, caindo para o seu nível mais baixo desde o início da guerra, de acordo com o instituto de investigação alemão Kiel Institute, no início de dezembro.

Na sexta-feira à noite, Moscovo lançou 40 mísseis e drones contra a Ucrânia, oito dos quais foram destruídos e "mais de 20" falharam o alvo, graças, nomeadamente, a "contramedidas eletrónicas", anunciou a força aérea ucraniana.

As autoridades ainda não comunicaram quaisquer vítimas mortais. Um míssil que caiu na região de Soumy (nordeste) feriu um civil e danificou 26 edifícios, de acordo com o Procurador-Geral do país.

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