"É importante lembrarmo-nos de que estamos a travar uma guerra que é mais justa que qualquer outra, uma guerra desencadeada por um inimigo sanguinário que massacrou inocentes de forma desumana. Não nos esquecemos, não nos esqueceremos e continuaremos a recordá-lo, mesmo àqueles que tentam negá-lo", disse o general Herzi Halevi.
Hoje, "foram aprovados planos (...) para continuar a luta e aumentar a pressão militar sobre o Hamas", que "por si só permitiu trazer de volta muitos reféns", sublinhou.
"Estamos a atuar por todos os meios, a maior parte do tempo secretamente, para os trazer de volta e continuaremos a fazê-lo até que regressem", acrescentou.
"Para obter resultados reais, devemos continuar a operar em território inimigo e não deixar que nos exturcam um cessar-fogo que não nos trará, pelos vistos, quaisquer resultados", sustentou ainda Halevi.
Dos cerca de 250 reféns sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 07 de outubro ao sul de Israel, 105 foram libertados em troca de prisioneiros palestinianos durante uma trégua no final de novembro.
De acordo com dados das autoridades israelitas, haverá ainda 127 reféns em cativeiro, além de 13 que continuam desaparecidos e 25 que morreram sem que os seus corpos tenham sido restituídos.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas, que completa 100 dias no domingo e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 23.843 mortos e mais de 59.000 feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
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