"Ou vencemos ou desaparecemos", diz chefe de gabinete de Zelensky
O chefe de gabinete do Presidente ucraniano afirmou hoje que a Ucrânia está colocada entre o caminho de lutar ou desaparecer, rejeitando a possibilidade de um cessar-fogo com Moscovo, alegando que "os russos não querem a paz".
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Mundo Guerra na Ucrânia
"Hoje aqui falamos de ordem mundial e justiça", declarou, à margem de uma reunião preparatória do Fórum de Davos, na Suíça, Andriy Yermak numa mensagem divulgada no canal Telegram, em que se referiu às consequências dos recentes ataques massivos de mísseis da Rússia contra cidades ucranianas e alertou que um simples cessar-fogo não terminaria a guerra na Ucrânia, mas apenas daria uma pausa a Moscovo para reforçar as suas forças.
"Definitivamente não é o caminho para a paz. Os russos não querem a paz. Eles querem a dominação. Portanto, a escolha é simples: ou perdemos e desaparecemos -- ou vencemos e continuamos a viver. E estamos a lutar", disse Yermak citado pela agência ucraniana Ukrinform.
O chefe de gabinete do Presidente Volodyyr Zelenskt destacou que, que ao longo dos quase dois anos de guerra, as forças ucranianas libertaram mais de 50% do território ocupado pela Rússia e, com pequenas capacidades navais próprias, destruíram um quinto do potencial da frota de Moscovo do Mar Negro Russo.
"Se o direito internacional e a integridade territorial da Ucrânia não forem restaurados, qualquer agressor em qualquer parte do mundo poderá apoderar-se amanhã de um pedaço de qualquer país e realizar eleições falsas", observou, insistindo que "a paz que a Ucrânia procura deve garantir a sua sobrevivência, integridade, soberania e desenvolvimento" e "este é o único caminho a seguir".
O político referiu que, na reunião em Davos, serão abordads cinco dos dez pontos da fórmula de paz de Volodymyr Zelensky, "incluindo a retirada das tropas russas, a restauração da justiça, a segurança ambiental, a prevenção da recorrência da guerra e a confirmação do fim da guerra".
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra as cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia ilegalmente anexada em 2014.
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