O primeiro-ministro da Bélgica, país que assume até junho a presidência do Conselho da Europa, falou, esta terça-feira, no Parlamento Europeu não só acerca de questões a interno, como também ‘além-fronteiras’.
Alexander De Croo falou sobre as presidenciais nos Estados Unidos, no âmbito das quais Donald Trump venceu, na segunda-feira, as primárias republicanas no estado de Iowa - o belga falou sobre como determinante será este ano, e como as eleições noutro continente vão ter repercussões na Europa.
"2024 será um ano crucial. Há muito em jogo para a Europa, muito em jogo para o Ocidente", começou por considerar, defendendo que este será o ano em que "as nossas democracias e liberdades serão colocadas à prova". "Não apenas com as nossas eleições [do Parlamento Europeu], mas também para o Congresso dos Estados Unidos, como para a presidência do país", apontou.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump venceu, na segunda-feira, as primárias republicanas ('caucus') no Iowa, com uma vitória esmagadora anunciada apenas meia hora depois do início da votação.
Lusa | 07:28 - 16/01/2024
"Se 2024 nos trouxer de volta o 'America First' [América em primeiro lugar, lema associado a Donald Trump], a Europa estará, mais do que nunca, sozinha. Enquanto europeus, não devemos temer essa perspetiva, mas sim acolhê-la", considerou, explicando que caso esse cenário se verifique, a Europa deverá colocar-se numa base mais sólida. "Mais forte, mais soberana, mais autossuficiente. Uma que produz resultados e faz a diferença na vida das pessoas. Protegendo-as, reforçando a economia, preparando a Europa para o futuro comum", apontou.
No mesmo discurso, o chefe de Governo referiu ainda que o bloco europeu tinha que continuar a apoiar a Ucrânia. "Conseguimos unidade e solidariedade face à guerra de agressão russa contra uma Ucrânia inocente", relembrou, apontando que essa solidariedade deve ser para manter "em absoluto" - e, voltando ao exemplo dos Estados Unidos, De Croo considerou que enquanto para outros aliados, como os Estados Unidos, a apoio a Kyiv era "uma questão estratégica e geopolítica", para os europeus o caso não era assim.
"Para nós, europeus, o apoio à Ucrânia é existencial. Vai ao encontro da nossa segurança e da nossa prosperidade", explicou.
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