Medicamentos para reféns do Hamas entregues em Gaza

Um carregamento de medicamentos para reféns detidos pelo Hamas chegou hoje a Gaza, depois de França e Qatar terem mediado o primeiro acordo entre Israel e o movimento islamita palestiniano desde o cessar-fogo de uma semana em novembro.

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Lusa
17/01/2024 22:33 ‧ 17/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, anunciou hoje, através da rede social X, que o carregamento chegou a Gaza, sem acrescentar se os medicamentos foram distribuídos.

Um alto funcionário do Hamas divulgou que para cada caixa fornecida aos reféns, 1.000 caixas de remédios serão enviadas para os palestinianos. O acordo também inclui a entrega de ajuda humanitária aos residentes do enclave.

A mediação do conflito entre Israel o Hamas tinha anunciado esta terça-feira um acordo para o envio de medicamentos e outro tipo de ajuda para a Faixa de Gaza em troca de remédios para os reféns em posse do movimento palestiniano.

Anteriormente, no âmbito da mediação do Qatar, Egito e Estados Unidos, foi alcançada uma trégua entre 24 e 30 de novembro, mediada pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que incluiu a libertação de 105 reféns detidos pelo Hamas em troca de 240 prisioneiros palestinianos e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 24.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas acima de 57 mil, também maioritariamente civis.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

Leia Também: Israel e Hamas acordam trocar ajuda humanitária por medicação para reféns

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