"[Os dois suspeitos] entraram no país com o objetivo de levar a cabo uma nova operação em Kerman", afirmou o Ministério do Interior iraniano num comunicado publicado no portal na Internet, em que adianta que as forças de segurança os mataram num tiroteio.
Os "terroristas" planeavam "um cenário em duas fases" para atacar uma esquadra de polícia e depois "emboscar com explosivos as forças enviadas para os apoiar".
No comunicado, o ministério iraniano sublinhou que os dois suspeitos "são estrangeiros" e acrescentou que foram apreendidos engenhos explosivos, detonadores, armas e munições, bem como diverso equipamento militar, incluindo óculos de visão noturna.
O Ministério do Interior do Irão referiu que vários suspeitos foram detidos por alegadas ligações ao ataque em Kerman, incluindo três supostos membros do grupo jihadista Estado Islâmico, que reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
A 11 deste mês, Teerão afirmou que um dos bombistas suicidas envolvidos no atentado era um israelita de nacionalidade tajique, sublinhando ao mesmo tempo que alargou as operações a países estrangeiros para deter outros implicados no atentado, tendo sido detidos cerca de 35 pessoas.
Afirmou ainda que o "cérebro" do atentado em Kerman era um cidadão tajique, identificado pelo pseudónimo "Abdullah Tayiki", que terá entrado no país através da fronteira com o Paquistão, tal como o bombista suicida que se fez explodir junto à sepultura de Soleimani.
O atentado foi perpetrado durante um evento com milhares de pessoas para prestar homenagem a Soleimani, uma das vítimas de um ataque de um drone norte-americano a 03 de janeiro de 2020, na capital iraquiana, Bagdade.
Entre os mortos encontrava-se também Abu Mahdi al Muhandis, então "número dois" das Forças de Mobilização Popular (FMP) -- coligação de milícias iraquianas pró-governamentais apoiadas pelo Irão.
Leia Também: Daesh reivindica ataques que aconteceram junto a túmulo de Soleimani