"Os dois ministros dos Negócios Estrangeiros concordaram que a cooperação e a coordenação no combate ao terrorismo e outras áreas de interesse comum devem ser reforçadas", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, no final de uma chamada telefónica entre os dois governantes.
As autoridades paquistanesas tinham convocado um conselho de segurança para hoje, incluindo os chefes do exército e da inteligência militar, depois de responderem na manhã de quinta-feira a um ataque iraniano realizado na noite de terça-feira com um míssil visando um grupo terrorista em território paquistanês.
Estes dois ataques provocaram um total de 11 mortes, principalmente mulheres e crianças, segundo as autoridades.
O Paquistão chamou de volta o seu embaixador em Teerão e anunciou que o embaixador do Irão no Paquistão seria impedido de regressar a Islamabade.
As Nações Unidas e os Estados Unidos pediram moderação, enquanto a China se ofereceu para mediar.
Contudo, depois de uma conversa telefónica entre o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, Jalil Abbas Jilani, e o seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, a diplomacia paquistanesa anunciou, num resumo do telefonema, que tinham "concordado em acalmar a situação".
Num outro comunicado, o ministro iraniano sublinhou, por seu lado, que "a cooperação entre os dois países para neutralizar e destruir os campos terroristas no Paquistão é essencial".
O Irão e o Paquistão - o único país muçulmano com armas nucleares - enfrentam há décadas um clima de desconfiança e tensões ao longo da sua fronteira comum, com mil quilómetros de extensão, e acusam-se mutuamente de permitir que estes grupos rebeldes operem a partir dos seus respetivos territórios.
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