Os confrontos ocorreram quando um grupo, de entre 700 manifestantes, carregando faixas com os 'slogans' "Parem a guerra global" e "Palestina Livre", tentou mudar o percurso da marcha para chegar ao centro de exposições de Vicenza e começou a atirar objetos contra as forças da ordem, que responderam com uma carga policial e canhões de água.
Segundo os 'media' locais, citados pela agência Efe, um total de 10 polícias ficaram feridos durante as altercações, com escoriações e hematomas, e não há relato de ferimentos entre os manifestantes.
Nove dos feridos pertencem às unidades móveis anti-motim da polícia e outro é membro da Divisão de Investigação Geral de Operações Especiais (DIGOS), avançou a agência Europa Press.
Além disso, cinco foram detidos pela polícia de Vicenza por atirarem objetos contra os agentes policiais.
Posteriormente, uma segunda manifestação com a participação de cerca de 3.000 pessoas, organizada pela comunidade palestina do Veneto, com o lema "Não a Israel na Feira do Ouro de Vicenza", percorreu as ruas da cidade sem problemas.
"Não há justificação para as cenas que vimos esta manhã. O direito de manifestação é sagrado e protegido pela Constituição, mas quem sai às ruas com paus e com o rosto coberto vai contra o legado dos pais fundadores", disse o presidente da câmara de Vicenza, Giacomo Possamai, numa nota.
"É uma contradição pedir a paz e o cessar-fogo manifestando-se com violência", argumentou Possamai.
O presidente do Senado, Ignazio La Russa, considerou "muito grave e injustificável o que aconteceu" em Vicenza, quando os manifestantes se desviaram do percurso da sua marcha para protestar contra a presença de alguns operadores israelitas na Feira do Ouro de Vicenza.
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