"No ano passado durante a cimeira de Madrid (...) a Hungria concedeu à Suécia o estatuto de convidado" na perspetiva de uma adesão à NATO, sem colocar reservas, reagiu o chefe da diplomacia sueca, Tobias Billstrom, em declarações aos 'media'.
"Por isso não vejo qualquer razão para negociar neste momento", acrescentou.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, convidou hoje o homólogo sueco para discutir em Budapeste a ratificação do acordo de adesão da Suécia à NATO, que se arrasta há mais de um ano e meio.
"Enviei hoje um carta com um convite ao primeiro-ministro Ulf Kristersson para visitar a Hungria e negociar a adesão da Suécia à NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", escreveu Orbán na rede social X (antigo Twitter), sem adiantar pormenores.
A Suécia apresentou a candidatura para aderir à NATO no início de 2022, em simultâneo com a Finlândia, na sequência da invasão russa da Ucrânia, receando um desfecho semelhante.
Em 05 de julho de 2022, os dois países assinaram os protocolos de adesão, mas só a Finlândia aderiu efetivamente no início de abril de 2023, tornando-se o 31.º Estado-membro da Aliança Atlântica.
Para a Suécia falta a ratificação dos acordos de adesão nos parlamentos da Turquia e da Hungria.
Apesar de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter anunciado em julho de 2023 que Ancara ratificaria os protocolos, só hoje o parlamento turco começou a examinar o protocolo de adesão da Suécia à NATO, antes de uma votação crucial prevista para o final da tarde, que será o culminar de vinte meses de negociações entre os dois países.
Com a expectável "luz verde" da Turquia, Budapeste será o último obstáculo à entrada da Suécia na Aliança Atlântica.
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