Uma mulher de 33 anos foi diagnosticada com um cancro da mama agressivo, tendo sido submetida a uma mastectomia e a sessões de quimioterapia que lhe originaram outros problemas de saúde. No entanto, o diagnóstico estava errado.
Franciele Marques Nunes, de Piratini, no estado brasileiro de Rio Grande do Sul, será indemnizada em 20 mil reais (cerca de 3.719,15 euros) pelo laboratório que cometeu o erro, segundo uma decisão do tribunal da região.
Ainda assim, conforme contou ao g1, a mulher desenvolveu vários problemas de saúde devido aos tratamentos a que foi submetida, além de ter removido um dos seios.
“Desenvolvi endometriose, lido com menopausa precoce, pancreatite. De quatro em quatro anos, tenho ser submetida a uma cirurgia que custa de oito mil reais (1.486,23 euros) a nove mil reais (1.672,21 euros). A indemnização não vai cobrir nem um terço dos gastos que tenho com a minha saúde”, lamentou.
Ainda assim, quando soube que, afinal, não tinha cancro, a mulher assegurou ter voltado a ter “toda a esperança no futuro que tinha perdido”.
Franciele tinha 25 anos quando foi diagnosticada, depois de ter sentido um caroço no seio, enquanto amamentava uma das filhas. Como lhe foi dito que a probabilidade de o cancro voltar seria menor se removesse a mama por inteiro, a jovem optou por essa via.
Depois da mastectomia e da quimioterapia, um oncologista confirmou que Franciele não tinha sinais de cancro. Mas, na verdade, nunca teve. Um outro laboratório analisou as amostras iniciais e confirmou o equívoco.
A mulher, que disse ter ficado aliviada com a notícia, confessou que decidiu agir e processar o laboratório, depois de um médico a ter alertado que outras pessoas poderiam vir a passar pelo mesmo erro.
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