EUA suspende fundos a agência da ONU suspeita de cumplicidade com Hamas

Os EUA anunciaram hoje que vão suspender temporariamente futuros financiamentos à agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), após alegações de funcionários envolvidos no ataque do Hamas em 07 de outubro.

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© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

Lusa
26/01/2024 16:24 ‧ 26/01/2024 por Lusa

Mundo

EUA

"Os Estados Unidos estão extremamente preocupados com as alegações de que 12 funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos no ataque terrorista do Hamas contra Israel em 07 de outubro", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, num comunicado.

Em resposta, o Departamento de Estado suspendeu o financiamento adicional ao UNRWA, enquanto analisa as alegações sobre esse envolvimento, bem como as medidas que as próprias Nações Unidas estarão a ponderar aplicar.

No comunicado, Miller esclareceu que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, já conversou sobre este assunto com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na quinta-feira, "para sublinhar a necessidade de uma investigação completa e rápida".

"Saudamos o anúncio da ONU de uma investigação 'abrangente e independente' à UNRWA", disse o porta-voz, referindo-se a necessidade de se responsabilizar todos os que participaram no ataque a Israel.

Os Estados Unidos reconhecem que a UNRWA desempenha "um papel fundamental na prestação de assistência vital aos palestinianos, incluindo alimentos essenciais, medicamentos e abrigo".

No comunicado, o Departamento de Estado norte-americano informa ainda que o Governo de Israel já foi contactado para obter mais informações sobre as alegações de envolvimento de membros da UNRWA no ataque de outubro.

O ataque de 07 de outubro causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas.

Cerca de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma vasta operação militar que causou 26.083 mortos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano.

Leia Também: Cumplicidade de agência da ONU com Hamas? Guterres pede investigação

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