Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram que iriam "suspender temporariamente" todos os futuros financiamentos à agência da ONU que está no centro da distribuição de ajuda aos civis na Faixa de Gaza, sob fogo dos combates entre Israel e o movimento terrorista palestiniano.
Hoje, a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, disse estar "profundamente preocupada" com as acusações contra a UNRWA.
"Estamos a discutir com os nossos parceiros e vamos suspender temporariamente o pagamento de financiamentos recentes", escreveu na rede social X.
"Congratulamo-nos com a resposta imediata da UNRLA, incluindo a rescisão de contratos e o anúncio de uma investigação sobre as alegações contra a organização", continuou.
Por seu lado, o ministro canadiano do Desenvolvimento Internacional, Ahmed Hussen, anunciou que "o Canadá suspendeu temporariamente todos os financiamentos adicionais à UNRWLA enquanto procede a uma investigação exaustiva destas acusações".
"O Canadá leva estas acusações extremamente a sério e está a trabalhar em estreita colaboração com a Unrwa e outros doadores nesta questão", escreveu no X.
"Se estas alegações forem comprovadas, o Canadá espera que a UNRWLA tome medidas imediatas contra as pessoas identificadas como tendo estado envolvidas em ataques terroristas do Hamas", escreveu, acrescentando que Otava continua "profundamente preocupada com a crise humanitária em Gaza e continua a apelar a um fluxo rápido, sustentado e desimpedido de ajuda essencial".
A UNRWLA já tinha anunciado na sexta-feira que tinha recebido informações de Israel sobre o "alegado envolvimento de vários dos seus funcionários" no ataque.
"A fim de proteger a capacidade da agência de prestar ajuda humanitária, decidi rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e abrir um inquérito", declarou o diretor da agência, Philippe Lazzarini, em comunicado.
"Qualquer funcionário que tenha estado envolvido em atos de terrorismo será responsabilizado, incluindo através de processos judiciais", prometeu.
Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita exigiu uma "revisão interna exaustiva das atividades do Hamas e de outras organizações terroristas" no seio da UNRWLA.
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